O sentido de família parte de três percepções diferentes. A primeira do fundamento da família(biológica/natural). A segunda da ordem e coerção da sociedade no indivíduo(racional/emocional). E a terceira pros que acreditam pela espiritualidade(religiosidade/filosofia/ideologia). Vou separar em 3 perspectivas que se alternam mas se complementam na minha experiência/vivência de mundo.
1) Fundamento da família(biológica/natural): espelhado nos demais seres vivos. No sentido de reprodução e criação dos filhos em sentido de defesa, ataque e busca de alimentos. Em grupos(matilhas/cardumes) ou individuais(que a fêmea/macho cuida do filhote até o amadurecimento). Processo observado em todo ou maioria dos seres vivos da fauna(animais). Natural e sem interferência do intelecto.
2) Fundamento da ordem e coerção da sociedade sobre o indivíduo (racional/emocional): na promessa de proteção no coletivo da sociedade e facilitação de sobrevivência com artigos diversos de necessidade alimentar, vestuário e afins. A família social é criada a expectativa do indivíduo a corresponder seu papel na sociedade e família. Vez que o filho serve pela constituição da maioria das sociedades amparo legal de seus pais na velhice. Também sendo coercitivamente treinado a obedecer a hierarquia familiar e logo a governamental vigente sem questionar.
3) Fundamento da espiritualidade(ideologia/filosofia/religião): através dos familiares temos diversos exemplos contrários ou afins a nossa pessoa que servem de espelho. Ampliando ou retraindo sentimentos similares ou reversos. Pros que acreditam em reencarnação a família é o primeiro grau de aprendizado em que temos de observar, experimentar e evoluir os reflexos que vemos nos outros. Lembrando que esse processo não é eterno e até o fim da encarnação. Ninguém é obrigado a evoluir ou estar preparado a constantemente se machucar diante de um reflexo. Como se estagnar diante da beleza de um reflexo sem procurar se expandir. Nada é acabado e perfeito. Do remédio ao veneno o que mata ou cura é a quantidade.
Imaginamos o controle de nós mesmos
Tentamos seguir normas, regras e leis do mundo a vida
Nos perdemos quando na curva a velocidade derrapa os sentidos
Tudo gira muito rapido, o controle é perdido, o fôlego some
O que sabíamos de nós mesmo se torna passado
Através do reflexo do espelho mostra um eu diferente do que era ontem
Sentimentos tomam a intensidade sagaz de milisegundos
Nos amamos, odiamos, adoramos, irritamos, gozamos e nos enojamos
Aprendizes do tempo do ser que nos encontramos em poucos segundos.
Ser um ser estranho de extremos nos traz um constante ir e vir de nós mesmos.
Nos vemos de dentro, de fora, de lado, da norma ao avesso.
Queremos da quietude a revolta inerente do pulsar do coração a tempestade da mente.
Sentimos mais que deveríamos, imaginamos mais do que poderíamos.
Palavras e ações imediatas, freio sem óleo que nos derrapa.
Um dia, uma hora, um minuto, um segundo...
Do 0 a 100 em mil segundos, em mil partes, em mil eus.
Se perdem, se chocam, se acham, se despedaçam em não saber o que sou.
Num instante construo, crio, invento me revoluciono.
Em outra virada repentina desespero, arruíno, grito, aniquilo.
Um fogo, um frio, uma lava, um gelo, um nada, um tudo...
Os caminhos, entre o meio, um B.
